sexta-feira, 4 de março de 2011

Teatro - O casaco encantado


Publico alvo: crianças de 9 a 12 anos.

Personagens:
- João
- José
- Mágico
- Mulher do Mágico
- Rei
- Princesa
- Relógio
- Pagens
- Manequim
- Vovó


Script:


Prólogo

Vovó: Meus netinhos, vou contar a vocês a história de João e José [João e José estão costurando]. João é o mais velho. José é um medroso. Coitados, estão tão atrapalhados. Relógio...[entra o relógio]. Que horas são?
Relógio: são 4h45.
Vovó: Eles trabalharam a noite inteira costurando esse casaco. Como estão cansados. [Eles bocejam]. João resolveu ser pintor. Mandou José comprar tinta. Mas que azar. José não reparou que ia passando o rei. Como foi isso, José? Você não reparou?
José: Não.
Vovó: José tropeçou e a tinta caiu em cima do rei. Relógio. Que horas são?
Relógio: 5 horas.
Vovó: Já? Corra para a casa de João e José para que eles saibam as horas. O casaco deve ficar pronto até o amanhecer. E agora vejamos o que aconteceu...

1° ato – Casa de João e José

José: Acabei!
João: Acabei!
José: Ficou pronto! Pensei que não íamos terminar. O rei achou que não íamos acabar em uma noite. Se não acabássemos a tempo, já sabe....Lesco! [Faz gesto de cortar a cabeça].
João: Mas eu não tive culpa. Foi você quem derrubou tinta no casaco do rei.
José: E de quem era a tinta? Mas dessa vez nós vencemos. Eu sou mesmo muito bom.
João: Deixa de ser convencido!
José: convencido é você!
João: E você? Seu trapalhão! [Batem na porta e os dois se calam].
José: Quem será?
João: Quem sabe o rei mandou algum soldado nos buscar para...Lesco! [Faz gesto de cortar a cabeça].
José: Isso não. O casaco está pronto. [Batem outra vez]
João: Quem é?
José: Credo, que homem feio!
João: Quem é?
José: parece assombração. Tom uma capa preta.
João: Assombração não bate na porta. [Abre a porta].
Mágico: Que demora foi essa? Vocês não sabiam que um mágico não pode esperar?
José: Não, senhor. O senhor é mágico, mesmo?
Mágico: Claro que sou. Você não está vendo?
José: Estou, sim senhor. Mas pensei que fosse assombração.[Revolta do mágico].
João: Ele está meio tonto de sono...não viu direito. O que deseja?
Mágico: Eu quero comer e descansar um pouco. Acabei de chegar da China.
José: Mas nós só temos dois pães!
Mágico: Pois é o que quero. E vou comê-los. [Pega os pães]. Agora eu vou dormir e ninguém me acorde.
José: também quero dormir. [Vai para a cama].
Mágico: Nesta cama quem dorme sou eu. Você fica de guarda.
José: De guarda?
Mágico: Ai de você se alguém me acordar!
José: O que acontece?
Mágico: Transformo você em sapo.
João: Ele já dormiu?
José: Fique quieto, senão eu viro sapo!
João: Vira nada.
José: Fica quieto!
Mágico: Alguém falou?
José: Ninguém falou, não senhor.
Mágico: Eu ouvi muito bem. [Senta-se na cama]
João: Fui eu quem falou. E daí? Não posso falar na minha própria casa?
Mágico: Eu mandei que todos se calassem! [O mágico o pega pela camisa e começam a brigar].
José: [Separando a briga, coloca João dentro do quarto]. Desculpe, seu mágico.
Mágico: Atrevido! Vai me pagar! [Vai até a porta do quarto de João e faz alguns gestos]. Vou embora, ele já pagou pelo que fez.
José: [Ouve o som das trombetas]. É o ri,é o rei...[Pega o casaco]. [O mágico joga pó no casaco]. Não suje o casaco do rei. Ele pode se zangar.
Mágico: Zangar? Ele vai pular, pular, pular...Ah! Ah! Ah! [O mágico sai].
José: O rei vai adorar. Vamos ver como fica. [Põe o casco no manequim que começa a pular]. Meu Deus, o rei não pode vestir esse casaco![José tira o casaco do manequim e abre a porta para o rei]. O senhor chegou a tempo. Terminamos o casaco.
Rei: Ótimo! Deixe-me experimentar.
José: Mas, é que o casaco não ficou muito bom.
Rei: Então eu quero ver. [pega o casaco da mão de José e veste. Começa a pular.] O que está acontecendo?
[Entra João vestido de sapo, ou simplesmente com a cara pintada de verde e pulando como tal].
José: Desculpe, mas um mágico enfeitiçou o casaco e transformou o meu amigo em sapo.
Rei: Serão levados agora.
Princesa: Papai, dê a eles mais uma chance, um prazo de 24 horas.
Rei: Está bem. Mas se não me trouxerem o casaco....
Pagens: Lesco! [Fazem, ao mesmo tempo, o gesto de cortar a cabeça. Depois saem de cena atrás do rei]
José: E agora, João? Como vamos encontrar o mágico?
João: Não sei. [Emite um som de sapo].
Princesa: Eu vou ajudar vocês.
João: Mas como?
Princesa: Vocês verão.

2° Ato
Cena 1 – João e José na estrada

José: Até agora nada.[Ouve-se choros].
João: Ouviu isso?
José: Uma mulher chorando.
Mulher: O que vou fazer? Eu quebrei a vassoura do meu marido. Ele vai me matar!
José: Ele compra outra.
Mulher: Mas essa é especial.
José: Quem é o seu marido?
Mulher: É o mágico.
João: Quem? O mágico? Precisamos lhe fazer uma visitinha.
José: Onde ele mora?
Mulher: Vocês querem fazer mal a ele, não é? Pois eu não digo.
João: Não vamos fazer mal a ele. Vejam é a princesa! [Entra a princesa]
Princesa: Olá.
José: Vai nos ajudar?
Princesa: Eu vou lhes ensinar um verso para fazer o mágico dormir.
João: Então diga logo!
Princesa: Mas eu só posso dizer uma vez, senão não faz efeito.
José: Então diga.
Princesa: Missecofe dari dari
Tum zararati
Requeque
Pingaim pinpim
João: Acho que guardei.
Princesa: Então, boa sorte.
José: Obrigado.
Mulher: Então é uma armadilha?! [Colocam o casaco na mulher que começa a pular].
Mulher: Que é isso? Tirem esse casaco de mim!
José: Só se nos levar até o mágico.
Mulher: Eu levo.


Cena 2 – Na casa do mágico
Mulher: Temos visitas.
Mágico: Quem é?
João e José: Nós.
Mágico: Que bom. Serão vítimas da minha poção mágica.
Mulher: Eu quebrei sua vassoura.
Mágico: O que? [Avança na mulher].
José: E agora,João, como é o verso?
João: Eu não me lembro.
José: Missecofe dari...tum.....eu também não lembro.
Mulher: Missecofe dari dari
Tum zararati
Requeque
Pingaim pinpim
[O mágico dorme]. O que foi que eu fiz! [Chora].
João: Vamos levá-lo até o rei.
3° Ato – Casa do rei
Rei: O tempo deles já se esgotou.
Princesa: Calma, papai, eles chegarão. Aí vem eles.
José: Pronto, sua majestade. Agora,assim que ele acordar, o senhor terá o seu casaco.
Rei: E se ele não acordar?
João: Só temos uma saída. [Coloca o casaco no mágico que começa a pular].
Mágico: Tirem esse casaco de mim! É uma ordem!
João: Ordem? Só vamos tirar o casaco se o senhor prometer tirar o encanto dele e me fazer virar gente de novo.
José: È isso mesmo.
Mágico: Esta bem, eu prometo. [João e José tiram o casaco do mágico. O mágico faz uns gestos e tudo volta ao normal].
José: João que saudades! [Abraçam-se].
Princesa: Bom, agora que está tudo arrumado, o senhor poderia fazer mais uma mágica?
Mágico: Que mágica?
Princesa: Que mágica vovó?
Vovó: Faça chover balas sobre os meus netinhos.
Mágico: com prazer...
[Caem balas sobre a platéia].

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